PESQUISA ORGÃOS
Tráfico de órgãos
Quem nunca ouviu falar sobre a lenda urbana da banheira de gelo? Um jovem vai para uma festa, conhece uma garota, que o leva para um hotel. Lá, ele é sedado e quando acorda está com uma parte do corpo costurada, dentro de uma banheira cheia de gelo. Esta história vem sendo contada, mas ninguém sequer pensar sobre o assunto. No entanto, o relato caracteriza um crime grave que seria o tráfico de órgãos em pleno século XXI.
Quanto vale a vida de uma pessoa ou um órgão
Quase 300 mil pacientes precisam de transplante na China, de acordo com organizações de defesa dos direitos humanos. Mas apenas 10 mil conseguem doadores. Em 2005, no Centro de Assistência da Rede de Transplante Internacional da China havia uma lista com os preços de alguns órgãos. Um rim custava US$ 62 mil, um fígado entre US$ 98 e US$ 130 mil, e um pulmão entre US$ 150 e US$ 170 mil. Muitas destas informações foram removidas dos sites de centros de transplante da China após surgirem alegações, em 2006, sobre a coleta de órgãos ilegal e em massa no país.
Muitos estrangeiros ricos vão à China na certeza de que irão conseguir obter um transplante. A maior fonte de órgãos na China são os prisioneiros condenados à pena de morte. Os condenados à morte tem seus órgãos retirados, sem que suas famílias sejam consultadas. Apenas em 2012 a China começou a discutir a proibição desta prática, que de acordo com o governo, será extinta até 2015.
Segundo dados da OMS, a cada ano, no mundo, são executados cerca de 22 mil transplantes de fígado, 66 mil transplantes de rim e 6 mil transplantes de coração. Cerca de 5% dos órgãos utilizados nessas intervenções provêm do mercado negro, com um volume de negócios estimado entre 600 milhões e 1,2 bilhão de dólares.
Quem paga a conta são os cidadãos mais pobres do mundo, aqueles que, por um punhado de dólares, estão dispostos a ceder um rim, um pedaço do fígado, um pedaço do intestino, uma córnea. Todos esses são