Pesquisa observacional de crianças em creche.
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Goiânia, 2012
Pesquisa observacional de crianças em creche.
O conteúdo abordado na disciplina de psicologia do desenvolvimento apresentou as necessidades essenciais da criança. Para Brazelton e Greenspan (2002), cada vez mais as famílias prescindem de permanecer com os seus filhos pequenos entregando-os aos cuidados de outras pessoas durante muitas horas por dia. Estes autores alertam, contudo, para a necessidade e para a importância de tempos de interação direta e de interação mútua pontual que proporcionem um percurso de relacionamento continuado, próximo e consistente. Esta interacção privilegiada e esta continuidade exigem tempo, dedicação, disposição e disponibilidade descontraída, requisitos nem sempre disponíveis no dia-a-dia das famílias. Todavia, é este tempo de disponibilidade total, incondicional e descontraída que constitui a base de sustentação e afeto capaz de desenvolver o potencial de cada criança tornando-a num ser único, seguro e dedicada.
Se os pais têm opções e são capazes de fornecer um cuidado de alta qualidade de eles próprios, acho melhor não colocar os bebês ou crianças pequenas (nos primeiros dois anos) em creches de tempo integral,30-40 ou mais horas por semana. A pesquisa atual e minhas próprias observações clínicas sugerem que a maioria das creches não fornece um cuidado de alta qualidade. A qualidade da interação entre atendentes e bebês é menos que a ideal. Alem disso,as proporções atuais de quatro bebês por atendente no primeiro ano s seis no segundo ano,juntamente com a alta rotatividade de pessoal,salários mínimos, treinamento insuficiente e a mudança prevista de auxiliares a cada ano.tornam difícil fornecer um cuidado de alta qualidade,continuo,sustentador naqueles primeiros anos. Uma vez que é tão difícil para atendentes terem interações sustentadoras longas,quando estão cuidando de quatro ou mais bebês (o padrão na maioria das creches