personagens coletivas - memorial do conventod
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Personagens Coletivas:Corte
Memorial do convento é-nos apresentado como uma crítica, repleto de ironia e sarcasmo perante a opulência do rei e de alguns nobres em oposição à extrema pobreza do povo (“hoje é dia de alegria geral […] E sendo o calor tanto, vão-se refrescando os assistentes, com a conhecida limonada, o geral púcaro de água, a talhada de melancia, que não seria por irem morrer aqueles que se consumiriam estes”), (“baixou com Blimunda do alto do castelo para ver as luzes […]. Está mais cansado que de costume, talvez por ter carregado tanta carne para os banquetes que festejaram o nascimento e vão festejar o baptizado”).
O adultério é alvo de grande sátira ao longo da obra, nomeadamente, através dos nobres e do rei (“ as freiras recebem-no nas suas camas”), mas principalmente através do clero.
Aqueles que têm a seu cargo zelar pelo bem-estar do povo e gerir os recursos da nação são vistos como fúteis e irresponsáveis, incapazes de executar tais cargos, como por exemplo D. João V e D. Francisco.
Quando D. João ordena que todos os homens capazes de trabalhar se dirijam a Mafra para a construção de um edifício que mais tarde se tornou no enorme convento de Mafra, revela a sua incapacidade de gerir os recursos da nação e de olhar pelo bem-estar do povo.
D. Francisco (“ a espingardear, da janela do seu palácio […] os marinheiros que estão empoleirados nas vergas dos barcos, só para provar a boa pontaria que tem e quando acerta e eles vão cair no convés, sangrando todos […] dá o infante palmas de irreprimível júbilo”). Tal ato demonstra a irresponsabilidade, o sadismo e a inconsciência do infante.
Para seu entretenimento assistiam a teatros, autos de fé, touradas, entre outros.
Resumindo:
Exploravam o povo;
Alvo de crítica (repleto de ironia) pelo narrador;
Fúteis, irresponsáveis, incapazes de realizar, correctamente, qualquer tipo de trabalho.
O Povo:
O povo era analfabeto, mas gostava de histórias fantásticas e maravilhosas e, por isso,