periódo pré-colonial do RN
Vista de Lajedo de Soledade, na Chapada do Apodi em Apodi. Este sítio arqueológico possui arte rupestre, além de fósseis da Era Glacial e dos primeiros habitantes do estado.12
A história do Rio Grande do Norte começa ainda na pré-história, bem antes da chegada dos europeus ao continente americano. Há 11 300 ou 9 000 anos atrás, estava começando o povoamento do território brasileiro. Os povos primitivos do Brasil teriam migrado para os Andes, depois o Planalto do Brasil, a região Nordeste, até chegarem ao Rio Grande do Norte.13 Inicialmente, o território potiguar era habitado por animais da megafauna e, algum tempo depois, começou a ser povoado por caçadores e coletores primitivos. Alguns desses povos primitivos deixaram vestígios que se encontram atualmente nos sítios arqueológicos de Angicos e Mutamba II,14 onde foram deixados rochas e vestígios de arte rupestre nas paredes das cavernas, desde inscrições até pinturas,15 cujo significado ainda é discutido, mas, entre várias teorias, a mais aceita afirma que tais vestígios serviam como instrumento de comunicação, pretendendo transmitir uma mensagem pela escrita (que, na época, era muito diferente da atual) e não como manifestação artísticas.15
Na época próxima à descoberta do Brasil, o litoral potiguar era habitado por povos vindos do atual estado do Paraná e do Paraguai, que falavam o abanheenga, língua aglutinada e com reflexões verbais. Mais para o interior, nas regiões do Seridó, Chapada do Apodi e zona serrana, residiam os tapuias, povos indígenas que andavam totalmente nus, sem nenhuma cobertura, sem barbas e que depilavam todos os pelos existentes em seus corpos. As mulheres dessa tribo eram mais baixas que os homens e submissas aos seus maridos.16
Acredita-se que, antes mesmo da chegada dos portugueses, alguns navegadores espanhóis, como Alonso de Ojeda e Diego de Lepe, teriam chegado primeiro em terras norte-riograndenses.17 Há também a tese de que, pouco antes da