Perigos da radioatividade
Segundo Kotz e Purcell (1991, v.2), o grande perigo das radiações nucleares reside no fato de uma pessoa não as sentir de imediato, como acontece com o fogo ou com a eletricidade (a não ser que ocorra uma dose altíssima de radiação); conseqüentemente alguém pode ir absorvendo doses gradativas de radioatividade e, quando perceber, sua saúde, ou mesmo sua vida, já pode estar seriamente comprometida (além do comprometimento genético, que poderá produzir malformações em seus descendentes). Isso acontece porque as radiações ionizam e fragmentam as moléculas que formam nossas células.
Outros fatores referentes á exposição á radiação devem ser considerados:
• Tipo de radiação – vimos que o poder de penetração aumenta na ordem das emissões , β, γ, no entanto, uma vez dentro do organismo, o grau de nocividade aumenta na ordem γ, β, ; outras partículas (nêutrons, pósitrons, etc.) têm seus efeitos próprios;
• Velocidade de desintegração – é a velocidade com que o material radioativo estará sendo bombardeado, lançando um numero maior ou menor de emissões por unidade de tempo;
• Energia das partículas emitidas – é o que determina, em grande parte, a maior ou menor penetração e destruição das células do organismo;
• Tempo de exposição ás radiações – existe aqui o agravante de que os efeitos provocados vão se acumulado, mesmo com exposições espaçadas.
Três acidentes nucleares se tornaram mundialmente famosos devido ás suas grandes repercussões: o da usina nuclear de Three-Mile Island, o da usina de Chernobyl e o de Goiânia.
O acidente de Three-Mile Island
De acordo com Kotz e Purcell (1991, v. 2), na manhã de 28 de março de 1979, falhou o sistema de refrigeração a água de um dos reatores da usina de Three-Mile Island (figura 17), na Pensilvânia, Estados Unidos. Apesar de o sistema ter sido imediatamente desligado, o intenso calor fundiu o miolo do reator, a água pressurizada inundou a área de contenção do reator e uma quantidade