PERFIL NUTRICIONAL DOS PACIENTES ACOMETIDOS POR CÂNCER DE ESTÔMAGO EM UM HOSPITAL DE BELÈM
O câncer é uma doença crônica não transmissível (DCNT) caracterizada pelo crescimento celular desordenado, que responde por 20% das mortes por DCNT no Brasil. Cerca de 7 milhões de pessoas morrem anualmente com essa doença, e para 2020, espera-se atingir os 16 milhões óbitos. Estimativas do
Instituto nacional de câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) mostram que, no Brasil, para o ano de 2012, prenunciam-se quase 520 mil novos casos da doença, com maior concentração nas regiões Sul e Sudeste do país. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer atinge pelo menos nove milhões de pessoas e é responsável pela morte de cerca de cinco milhões a cada ano.
Estudos destacam que a evolução epidemiológica do câncer se deve às transformações resultantes dos processos de urbanização e industrialização, tais como as migrações internacionais, as mudanças nos parâmetros de produção e consumo de alimentos e bebidas, na prática de atividade física e na composição corporal todas elas resultaram na maior exposição a fatores ambientais (má alimentação, tabaco, contato com substâncias carcinogênicas) capazes de desencadear processos neoplásicos entre os aspectos ambientais, ressalta-se a influência da dieta, a qual representa 30% das causas evitáveis de câncer, sendo somente superada pelo cigarro a relação entre alimentação e câncer é tão relevante que o estado nutricional pode ser modificado pela doença e interferir no prognóstico da mesma, tornando a desnutrição no câncer um fato preocupante.
O câncer gástrico é a mais frequente neoplasia maligna do aparelho digestivo e embora apresente declínio incidência no país ainda se observam prevalência e mortalidade elevadas. A baixa sobrevida dos pacientes com a doença é refletida pela elevada razão de mortalidade sobre incidência que chega a até 70% a 90% na maioria dos países, especialmente partes da América do Sul, Leste da Ásia e Leste europeu. O Japão é uma importante exceção por taxas de mortalidade em