percy jackson
MONTANDO ARION, HAZEL SE
SENTIA PODEROSA, absolutamente no controle – uma perfeita combinação de cavalo e humano. Ela se perguntou se era assim que os centauros se sentiam.
Os capitães do barco em Seward tinham avisando-a que eram 300 milhas náuticas até a Geleira Hubbard, uma viagem dura e perigosa, mas Aríon não teve problemas. Ele corria fora da água na velocidade do som, aquecendo tanto o ar em torno deles que Hazel nem sequer sentia o frio. A pé ela nunca teria se sentido tão corajosa. Ao cavalo ela mal podia esperar para uma batalha.
Frank e Percy não pareciam tão felizes.
Quando Hazel olhou para trás eles estavam de dentes cerrados e de olhos saltados. As bochechas de Frank sacudiam com a força da gravidade.
Percy estava sentado na traseira, segurando firme, desesperadamente tentando não escorregar do cavalo.
Hazel
esperava que isso não acontecesse. Pela maneira como Aríon corria, ela não perceberia que ele caíra até terem-se passado uns cinquenta ou sessenta quilómetros.
Eles correram através de estreitos de gelo, passando por fiordes azuis e penhascos com cachoeiras derramando no mar. Aríon saltou sobre uma baleia preta e manteve o galope, um grupo de focas surpreendidas se desintegrou de um iceberg. Poucos minutos depois eles corriam por uma baía estreita. A água voltara a uma consistência de gelo raspado, num azul consistente e pegajoso. Aríon parou sobre uma placa turquesa congelada. A quase um quilómetro de distância estava a Geleira
Hubbard.
Mesmo Hazel, que já tinha visto geleiras antes, não conseguia processar o que via. Montanhas roxas cobertas de neve cobriam todo o horizonte, com nuvens flutuando em torno de seus vãos, como correias macias. Em um enorme vale entre dois picos, um muro irregular de gelo se erguia do mar, enchendo toda a garganta. A geleira era azul e branca listrada de preto, de modo que parecia uma cobertura de neve suja deixada para trás numa