Percepção
É o comportamento perceptivo onde o indivíduo organiza e interpreta suas impressões sensoriais para atribuir significados ao seu meio.
Um dos mais famosos estudiosos do processo de percepção foi o alemão Immanuel Kant (1724-1804). Kant dizia que quando percebemos o que chamamos de objeto, encontramos os estados mentais que parecem compostos de partes e pedaços. Para ele, estes elementos são organizados de forma que tenham algum sentido, e não simplesmente por meio de processos de associação.
Durante o processo de percepção, a mente cria uma experiência completa. Assim, a percepção não é uma impressão passiva e uma combinação de elementos sensoriais, mas uma organização ativa dos elementos, de modo a formar uma experiência coerente.
Ernest Mach (1838-1916) discutia as sensações do ponto de vista espacial e temporal e dizia que elas não dependiam dos elementos individuais, por exemplo, que a área do espaço de um círculo pode ser preta ou branca, grande ou pequena, mas ainda manterá a qualidade elementar circular. Ele dizia, ainda, que um objeto não muda, mesmo que modifiquemos nossa orientação em relação a ele. Assim, uma mesa será sempre uma mesa, mesmo se a olharmos de cima, de lado ou de qualquer outro ângulo. Da mesma forma um som será percebido da mesma forma, mesmo que tocado de maneira mais lenta ou rápida.
Uma influência muito forte sobre o conceito de percepção foi feito pela fenomenologia, doutrina baseada na descrição das experiências de forma imparcial, sem qualquer juízo de valor ou crítica, tal como ela ocorre. A experiência não é analisada, nem reduzida aos seus elementos ou abstraída de alguma forma artificial. Ela envolve uma experiência quase que ingênua de senso comum e não uma experiência relatada por um observador treinado, dotado de orientação ou tendência sistemática.
Outra experiência importante foi realizada por Max Wertheimer, que consiste na descrição do movimento aparente, que é a percepção de movimento quando não há o