pequeno trecho
Os balanços da sociologia no Brasil que emergem nos anos 1950 são frutos de uma disciplina que se institucionalizava, buscava consolidação metodológica e, sobretudo, prestígio e influência — se não prerrogativa — na explicação social do país. Com a criação, nos anos 1930, da Universidade, das faculdades e cursos de Ciências Sociais (na Escola Livre de Sociologia e Política, em 1933; na Universidade de São Paulo, na cidade de São Paulo, e na Universidade do Distrito Federal, no Rio de Janeiro, ambos em 1934), bem como da primeira revista estritamente acadêmica da área (Sociologia, da Escola Livre de Sociologia e Política, por iniciativa de Emilio Willems) afluirá a ideia de que, naqueles anos 1930, está o marco inicial da produção científica, e de que a institucionalização é o processo por excelência do amadurecimento e desenvolvimento das ciências sociais (e da sociologia) no Brasil [1]. Tal avaliação é expressa por Djacir Menezes (1956) e também por Costa Pinto e Edison Carneiro (1955), estes últimos elaboradores de um balanço institucional e temático da produção sociológica brasileira [2]. Compartilha também desse ponto de vista Pinto Ferreira (1958a; 1958b), segundo o qual as ciências