Peixes
EM TANQUES-REDE
Zootecnista Fábio Rosa Sussel, sussel@apta.sp.gov.br, pesquisador científico, junho 2008
APTA (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios)
Médio Paranapanema, Nutrição de Peixes, Assis (SP)
Histórico
Apesar de o cultivo de peixes ser uma atividade milenar, constata-se que o fornecimento de dietas específicas para animais aquáticos ocorreu apenas nas últimas décadas.
Há 25 anos, verificou-se, no Japão, a produção de alimentos balanceados em escala industrial para a carpa comum e a enguia, e, em alguns países da Europa e nos Estados Unidos da América, para o bagre do canal e salmão. Naquela época, pesquisadores desses países desenvolveram estudos visando à substituição, nas rações, da farinha de peixe e/ou da farinha de carne pela farinha de krill e por subprodutos do abatedouro avícola (penas e vísceras), farelo de soja e leveduras (Pezzato e Barros, 2005). Foi na década de 70 que a produção comercial de várias espécies de peixe começou a se expandir rapidamente, à medida que se disponibilizavam mais informações a respeito das exigências nutricionais de trutas, salmões e do catfish (Castagnolli, 2005).
No Brasil, os primeiros registros de estudos relacionados a aspectos nutricionais de peixes aparecem em
1981 (SIMBRAQ, 1981), tendo como grande incentivador o professor doutor Newton Castagnolli. Entretanto, os cultivos iniciais de peixes, que eram realizados em tanques escavados, utilizavam como alimento sobras de outras culturas agrícolas.
A idéia de utilizar “ração” surgiu da possibilidade de se adaptar as rações então utilizadas para aves ou suínos.
Porém, tais rações não possuíam um balanceamento de nutrientes adequado para peixes, tornando-se ainda impróprios para outros organismos aquáticos, o que resultava em baixa eficiência de ingestão alimentar, alto aporte de nutrientes na água e desperdício das vitaminas e minerais.
Mesmo com tais deficiências nutricionais e