Pedagogo o que temos que ser??
O pedagogo engana-se completamente sempre que imagina poder identificar situações em que, “ todas as situações sendo iguais por toda parte”, uma solução experimentada com êxito por alguns poderá ser utilizada por outros com a certeza do êxito. O professor mesmo sendo informada de todos os dados à situação, jamais saberá verdadeiramente qual é a regra que lhe indicaria com toda segurança o que fazer no caso.
É nessa perspectiva que se desenvolve, um conjunto de teorias sobre “a análise das necessidades de formação”, as “necessidades” são concebidas aqui como entidades passíveis de serem isoladas e objetivas, as quais permitiriam definir as ações de formação correspondente. “As “necessidades de formação” são sempre sutilmente analisadas pelo formador e divididas em duas categorias facilmente manipuláveis: as” necessidades superficiais”, atribuídas aos caprichos individuais ou aos condicionamentos sociais, e as “necessidades profundas”, milagrosamente ajustadas à oferta de formação.
Definir objetivos de formação é, nesse sentido, aceitar a “ insustentável leveza da pedagogia”, é recusar criar a ilusão de que basta “ ver com clareza” para fazer propostas eficazes, é recolocar a inventividade no centro da conduta formativa, é reencontrar a pedagogia quando uma mecânica tecnocrática tentava