Paulo Disse Que
Jesus disse que a pecadora que invadira o jantar que lhe fora oferecido por Simão, o fariseu, e que se jogara diante Dele... beijando-lhe os pés e enxugando-os com seus próprios cabelos...amava mais porque muito mais se sabia perdoada que a maioria naquele lugar — na casa de Simão o fariseu.
A mulher conhecia o pecado como pratica observável no comportamento externo e suas conseqüências interiores...no ser.
Paulo, todavia, sentia igual ou maior gratidão, sem ter jamais feito nada que aos sentidos exteriores pudesse ser reprovado.
“Eu sou o principal pecador”—disse ele.
É neste ponto que o entendimento cristão das coisas se confunde.
Tem gente que pensa que conhece o pecado porque odeia os pecadores.
Há pessoas que pensam que conhecem o pecado porque já pecaram muito os pecados que são odiados pelos que julgam saberem o que é pecado.
Paulo sabia o que era pecado sem poder ser acusado de nenhum ato ignominioso.
Por que?
Leia Romanos 7 e veja como ele se enxergava.
Ao final daquele exercício de auto-percepção o grito dele é terrível:
Desventurado homem que sou!
Romanos 7 é a versão existencial do livro de Eclesiastes; só que concluindo sempre com a esperança da glória de Deus.
Assim como o Eclesiastes tira Deus da vida para que se possa enxergar a vacuidade da existência, assim também Paulo retira a Deus do ser para que se possa enxergar a doença essencial do pecado que habita em mim — para então afirmar a esperança da glória de Deus.
Hoje um amigo que já está casado há mais de trinta anos me disse que casou virgem e que nunca jamais conheceu outra mulher...mas somente a sua esposa.
Fiquei olhando para ele e pensando nisto que agora escrevo.
Por que?
Porque ele é um homem cheio de Graça e misericórdia... apesar de não ter jamais tido que sentir externamente o seu próprio pecar como conduta ou agravo exterior...ou como juízo ou julgamento.
Eu conheço o meu pecado como a pecadora que