A distribuição da matriz extracelular (MEC) é indispensável para permitir o deslocamento das células neoplásicas, alem de representar o principal mecanismo da capacidade invasiva dessas células. A MEC possui dois componentes principais: a) membrana basal; b) proteínas fibrosas e não-fribosas intersticiais. As proteínas intersticiais são predominantemente colágenas, sobretudo do tipo I. Esta é a principal proteína de adesão entre as células e componentes do interstício, podendo se ligar ao colágeno, fibrina, proteoglicanos etc. A fibronectina se liga às células por meio de uma seqüência especifica de apenas três aminoácidos (arginina-glicina-ácido aspártico) A membrana basal é uma estrutura laminar de distribuição universal localizada principalmente entre células epiteliais ou endoteliais e o tecido conjuntivo subjacente. É constituída predominantemente por colágeno tipo IV, lamina e proteoglicanos sulfato de heparan. Assim como a fibronectina, a lamina é uma glicoproteina que re grande atividade de adesão entre célula e componentes do interstício. Além disso, tem papel importante na movimentação celular. Bioquimicamente, é composta por três polipeptídios que se organizam tridimensionalmente, formando uma molécula que contem três braços curtos e um longo. Na extremidade deste, há um sitio para ligação com proteoglicanos sulfato de heparam; nas terminações dos braços curtos, estão os domínios de ligação ao colágeno tipo IV e à própria laminina; no vértice onde os braços curtos se juntam ao longo, há um sitio de ligação ao receptor de lamina existente nas células. Numerosas evidências mostram que a habilidade das células de se ligarem a lamina guarda relação com sua capacidade de migração através dos tecidos ou da parede vascular. Nos tumores, há correlação entre o numero de receptores de laminina por célula maligna e sua capacidade de originar metástases. Ao lado disso, os receptores de laminina em epitélios normais estão localizados apenas na região de