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BELÉM
2013
Introdução
Para falarmos de sexualidade, primeiro precisamos considerar os diversos níveis e aspectos. Segundo NUNES (Desvendando a sexualidade, ed. 7, 2005) o primeiro desses aspectos é o sexo biológico-reprodutivo, é aquele com categoria de reprodução, aparelhos reprodutores naturais ou artificiais. Outro nível é o psicossocial, que é como se constituem as diferenças sociais entre os sexos masculino e feminino.
Para ALTMANN (2001) a sexualidade é o que há de mais íntimo nos indivíduos e aquilo que os reúne globalmente como espécie humana. Está inserida entre as “disciplinas do corpo” e participa da “regulação das populações”. A sexualidade é um “negócio de Estado”, tema de interesse público, pois a conduta sexual da população diz respeito à saúde pública, à natalidade, à vitalidade das descendências e da espécie, o que, por sua vez, está relacionado à produção de riquezas, à capacidade de trabalho, ao povoamento e à força de uma sociedade.
A sexualidade, portanto, é uma via de acesso tanto a aspectos privados quando públicos. Ela suscita mecanismos heterogêneos de controle que se complementam, instituindo o indivíduo e a população como objetos de poder e saber (ALTMANN, 2001).
Muitas vezes se confunde a sexualidade com o sexo, porém é importante dizer que um não precisa vir necessariamente acompanhado do outro. Sexualidade é uma característica geral experimentada por todo o ser humano e não necessita de relação exagerada com o sexo, uma vez que se define pela busca de prazeres, sendo estes não apenas os explicitamente sexuais.
Dessa forma buscaremos demonstrar através deste estudo os vários conceitos sobre a sexualidade dando ênfase aos aspectos literalmente sexuais buscando relação com aspectos sociais.
Sexualidade:
Um breve histórico sobre sexualidade
Segundo ALTIMANN (2001, apud. FOUCAULT, 1998. p. 9.) o termo sexualidade surgiu no século XIX,