Paráfrase, sim, plagio não
O plágio acadêmico tornou-se uma prática cada vez mais comum nas publicações científicas (artigos, TCCs, Dissertações, Teses). A construção de produção textual desta natureza ainda carece de muita compreensão e conhecimento, uma vez que se confunde ou se desconhece a elaboração correta de uma paráfrase. Transformar um texto original, reformulando-o em partes ou na totalidade, requer bom manejo linguístico e exige muito cuidado e ética por parte do redator. Ao manipular a linguagem é fundamental que se evite reproduzir simplesmente o texto-fonte; é preciso manter a informação inicial e seu sentido. Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, plágio “é a apresentação feita por alguém, como de sua própria autoria, de trabalho, obra intelectual etc. produzidos por outrem". O termo “plágio” tem origem no Latim e signifca “furto”. Portanto, ao apropriar-se de parte ou totalidade de qualquer produção intelectual de alguém, sem mencionar a autoria, embora involuntariamente, além de uma atitude antiética, é considerado crime de violação de direitos autorais, conforme previsto em legislação específica - Lei nº 9.610/98, assim como do Artigo 184 do Código Penal, na parte que dispõe sobre Crimes Contra a Propriedade Intelectual. Diante disso, é imprescindível que, cada vez mais, haja orientação por parte dos professores e conscientização por parte do redator acerca das questões éticas que envolvem a elaboração de trabalhos acadêmicos. O que fazer, então, para que uma produção textual contribua com a construção de conhecimento e esteja isenta do que possa ser considerado plágio? A resposta está na escolha de elaboração de paráfrases, ou seja, transformar a linguagem de um texto em outro, semanticamente equivalente ao texto-fonte, ao invés da simples reprodução de palavras. Trata-se de um mecanismo sintático que cria alternativas de expressão para um mesmo conteúdo.E para isso há vários processos, tais