Parto: um acto social. In. Mães: um estudo antropológico da maternidade. Sheila Kitzinger. Editorial Presença: Lisboa, 1996. 2ª Ed.
821 palavras
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EXPLANAÇÃO TEÓRICA SOBRE O PARTO NAS DIFERENTES SOCIEDADESObjetivo: redigir uma leitura analítica sobre as ideias de Sheila Kitzinger sobre o parto como ato biológico e social, acrescentando uma visão crítica sobre a mesma.
Parto: um acto social. In. Mães: um estudo antropológico da maternidade. Sheila Kitzinger. Editorial Presença: Lisboa, 1996. 2ª Ed.
Parto: um acto social é um capítulo do livro Mães: um estudo antropológico da maternidade, e mostra o parto não somente como ato biológico, mas como processo social. Tomando por base diferentes sociedades culturas espalhadas pelo mundo (como México e Índia), apresenta os diversos papeis e significados atribuídos ao parto, muitas vezes acompanhados de rituais, mitos, proibições e tabus. Dividido em nove tópicos, possui foco narrativo em primeira pessoa. O parto nos é apresentado como um processo que afeta as relações entre a parturiente e a sociedade na qual está inserida, sendo assim possível classificar o parto como um ato biológico e social. Partindo da ideia de que o parto nunca é completamente natural, visto que reflete valores e influencia atitudes e comportamentos, entende-se que o parto não é um acontecimento íntimo da mulher, mas sim um acontecimento no grupo e algo que define uma nova identidade e papel a ser assumido (em algumas comunidades, é visto como a passagem de menina para adulta). Juntamente com a gravidez surgem crenças e rituais próprios de cada sociedade, feitos com o objetivo de garantir um bom trabalho de parto, saúde para o bebê e para a mãe, entre outros. Neste ponto do capítulo nos são apresentados diversos costumes em diferentes grupos: nos Sia, no México, a família da parturiente faz rituais para o processo de dilatação e expulsão do bebê; na Índia, ritos com a mesma função são feitos com símbolos, unindo a experiência do parto aos valores culturais. A confissão de pecados e ressentimentos também é comum em sociedades africanas, acreditando-se que desse modo