Partidos políticos e crises de representações

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Ética Contemporânea: Hegel e Nietzsche
O homem é um ser moral que pauta sua conduta com base nas premissas éticas previstas pela sociedade. No entanto, a sociedade muda e com ela, mudam os ideais de moralidade previstos por cada agrupamento social. Ainda que se defenda que os padrões morais sejam mais flexíveis que os éticos, que são tidos como universais, menos regionais que os parâmetros morais, não há preceito ético que seja absoluto em todas as sociedades. Até o direito à vida, aparentemente um dogma ético indiscutível, encontra em algumas tribos a sua concepção apartada dos conceitos éticos da sociedade dita civilizada.
Essa divergência entre pontos de vista e ao mesmo tempo, a necessidade do homem ver-se protegido por um respaldo ético que paute o comportamento humano para o bem da vida e da propriedade privada, encontra nos dois pensadores Hegel e Nietzsche, símbolos de dicotomia.
Embora ambos tenham em Heráclito um ponto de apoio para a filosofia moral que formularam, eles divergem tacitamente quanto à dialética. Para Hegel, a ética é um exercício de equilíbrio entre os interesses individuais e os interesses dos cidadãos enquanto sob o crivo do Estado. Já para Nietzsche, o Estado é a figura assujeitadora da massa, que impotente diante das regras morais a ela impostas, vê sua humanidade esvair-se e com ela, sua vontade de potência, intrínseca à natureza humana.
Assim, quaisquer filosofias morais que pretendam dar cabo da difícil tarefa de regulamentar a convivência em sociedade, são úteis para a compreensão do fenômeno social moderno. Contudo, havendo que escolher apenas um dos dois modelos éticos para a análise das relações humanas no mundo contemporâneo.
Quando Nietzsche propõe uma ética dionisíaca, pautada nas paixões humanas, no dizer sim à vida, na relação de força entre o mais forte e o mais fraco, a sociedade cristã a entende como um atentado à boa convivência humana. Contudo, tal análise pauta-se nos ideais cristãos que terminaram por separar,

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