Partido Comunista do Brasil – PCB
O congresso de fundação do PCB realizou-se em Niterói, reunindo alguns poucos operários e intelectuais do Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Quase todos os fundadores haviam iniciado sua militância política nos meios anarquistas e só se converteram ao comunismo após a vitória da Revolução Russa de 1917. Apesar da pouca repercussão do congresso de fundação, já em junho de 1922, o governo de Epitácio Pessoa colocou o partido na ilegalidade, condição em que passaria a maior parte de sua existência.
Em janeiro de 1927, o PCB recuperou a legalidade, e formou-se o Bloco Operário, frente eleitoral que elegeu Azevedo Lima para a Câmara dos Deputados. Já em agosto, porém, o PCB voltava a ser ilegal. Buscando ampliar suas alianças, em dezembro, o partido enviou seu secretário geral Astrojildo Pereira à Bolívia para conversar com Luís Carlos Prestes, o líder da Coluna Prestes, que havia desafiado o governo e se encontrava exilado naquele país. Em outubro, o Bloco Operário Camponês – BOC –, nova denominação do Bloco Operário, elegeu dois membros do PCB para o Conselho Municipal do Rio de Janeiro: Otávio Brandão e Minervino de Oliveira.
Em 1929, Prestes foi convidado a disputar a eleição presidencial do ano seguinte na legenda do BOC, mas não aceitou. Disposto a não apoiar os candidatos apresentados – Júlio Prestes, pela situação, e Getúlio Vargas, pela oposição –, o PCB lançou o nome do vereador carioca Minervino de Oliveira, que obteve uma votação inexpressiva. Em seguida, o partido se negou a dar apoio à Revolução de 1930, por considerar o movimento uma simples luta entre grupos oligárquicos.
Nessa época, teve início, sob o estímulo da Internacional Comunista, um processo de mudanças no PCB caracterizado pela crítica à