Parque Povo
- Dividida em vários campos de futebol de terra, é ocupada por times conhecidos como “de várzea”: Marítimo Futebol Clube, Grêmio Esportivo Canto do Rio, Tintas Cirota, Sociedade Esportiva Flor do Itaim e outros que, de segunda a domingo, organizam ruidosas e concorridas disputas na forma de “torneios” e “festivais”, atraindo frequentadores dos mais diversos e longínquos bairros de São Paulo.
- O parque abriga também um circo e um teatro onde se realizam bailes, nos fins de semana.
- O que inicialmente justificava o pedido de tombamento era a necessidade de manter uma área verde, com vistas à qualidade ambiental da cidade.
- A comprovação da presença contínua de times de futebol no local desde ao menos a década de trinta, fez com que a questão da preservação do lazer constituísse o motivo principal para a preservação do parque.
- A área onde está o Parque do Povo, por um conjunto de fatores, permaneceu de forma ativa, e cada vez mais destoante da sofisticada ambiência do bairro que o circundou.
Série de estranhezas de todo esse processo comparativamente aos que habitualmente tramitam nos órgãos de preservação:
- Espaço ligado a uma atividade de lazer e não de moradia, trabalho ou devoção, que são os aspectos geralmente invocados para caracterizar o modo de vida dos “excluídos” e justificar a preservação de lugares de culto, instalações e equipamentos de trabalho, exemplares de sistemas construtivos peculiares.
- Além dos campos de terra demarcados a cal e de algumas benfeitorias sem nada de especial, o parque não exibe qualquer “suporte material” peculiar. Nada de “exótico”.
- Apesar da histórica e comprovada ligação da atual atividade com a ocupação original do terreno, trata-se de uma forma de lazer popular que já não