PARQUE DE PAPEL
O CASO DO PARQUE DOS PIRENEUS EM GOIÁS
DO ON PAPER PARKS PRESERVE?
THE CASE OF PIRENEUS PARK IN GOIÁS
QUE CONSERVENT LES PARCS QUI N’EXISTENT QUE SUR LE PAPIER?
LE CAS DU PARC DES PIRENEUS EN GOIÁS
Yuri Botelho Salmona - Universidade de Brasília - Brasília - Distrito Federal - Brasil yuri@cerrados.org Fernanda Figueiredo Ribeiro - Universidade de Brasília - Brasília - Distrito Federal - Brasil fernanda.ffr@gmail.com Eraldo Aparecido Trondoli Matricardi - Universidade de Brasília - Brasília - Distrito Federal - Brasil ematricardi@gmail.com Resumo
No Brasil, são comuns Unidades de Conservação (UC) não consolidadas, habitualmente chamadas de “Unidades de Conservação no papel” ou “Parques de Papel”, já que foram criadas pelo poder público sem que houvesse continuidade dos investimentos necessários à sua consolidação. O Parque dos Pireneus é uma delas, o que traz o questionamento: mesmo o Parque dos Pireneus sendo um “Parque no papel”, ele conserva? Para verificar essa hipótese, o presente estudo identificou as mudanças na cobertura e no uso do solo dentro e fora desse parque, antes e depois de sua criação, de 1985 a 2009. Os resultados mostraram que, apesar de ele não ter sido consolidado, nele houve mais proteção da vegetação nativa do que em seu entorno (APA), e que também houve regeneração de áreas anteriormente ocupadas por pastagem. Contudo, a proporção desses efeitos foi discreta, o que reitera a hipótese de que “Parques no papel” conservam, mas necessitam de maiores investimentos para cumprirem plenamente seus objetivos.
Palavras-chave: Unidades de Conservação, mudanças no uso e cobertura do solo, desmatamento.
Abstract
In Brazil, there are some unconsolidated Protected Areas (UC), usually called “Paper Protected Areas” or “Paper
Parks”, since they were legally created by the public authority but the resources necessary to consolidate them were not make available. Pireneus Park, created in 1987, is one example. This raised the