Paralelamente Ao Regime Instaurado Pela Ditadura Militar No Brasil
Com a conscientização da opressão e dominação é institucionalizada uma perspectiva de mudança social. A ditadura militar no Brasil com o modelo político e econômico – controle social, baseado na "cultura do medo", repressão as classes populares atinge também os profissionais do serviço social onde a sua atuação é limitada. Paralelamente ao regime instaurado pela ditadura militar no Brasil, onde a sociedade foi calada pela força, inicia-se a articulação do movimento de reconceituação do serviço social na América Latina, fundamentado na insatisfação dos profissionais que se conscientizavam de suas limitações tanto no campo teórico - instrumentais quanto nas político-ideológicas. o Serviço Social latino-americano é sensibilizado pelos desafios da prática social. Este questionamento emerge no contexto das mudanças no continente, embasada pela efervescência das lutas sociais, demarcadas pelo capitalismo mundial. Atinge a Igreja Católica e Universidades culminando com movimentos estudantis nas mais diversas formas de expressão. Nunca em nossa história latino-americana, o pensamento universitário se converteu em crítica da sociedade. O movimento de Reconceituação do Serviço Social desenvolveu uma proposta de ação profissional condizente com as especificidades do contexto latino-americano, ao mesmo tempo em que propõe um processo de questionamento e reflexão com criticidade da profissão no enfrentamento das questões sociais. Na década de 1960, inicia-se um processo de renovação do Serviço Social brasileiro ao provocar um desgaste do tradicionalismo, predominante na profissão e a progressiva instauração de sua laicização. A formação deveria dar suporte a produção de um profissional "moderno", implicando na expansão quantitativa dos cursos de graduação e pós-graduação na vigência da ditadura militar. O Serviço social ingressou na universidade pública,