pantanal mato-grossense
O Complexo do Pantanal é marcado por áreas de contato ou de associação de diversas formações vegetais: Cerrado, Floresta Tropical, Campos (gramíneas), e plantas aquáticas.
O território que compreende o Pantanal Mato-Grossense é considerado a maior planície de inundação do planeta, englobando o sudoeste do Mato Grosso, o oeste do Mato Grosso do Sul, e parte do Paraguai, Bolívia e Argentina. Nesses países, ela recebe a denominação de Planície do Chaco.
É uma região com alto índice pluviométrico (quantidade de chuvas), e periódicos alagamentos ocasionados pelo transbordamento de inúmeros córregos e lagos, cujas águas fertilizam o solo com uma camada de lama humífera (húmus), constituída por restos de animais e vegetais misturados à areia.
Apesar dessa característica, as águas da Planície do Pantanal, se mantêm em constante movimento, diferenciando-se das de um pântano, que permanecem estagnadas. O regime de cheias da Planície do Pantanal origina ambientes diferentes em função do nível das águas.
A flora, com predominância típica de plantas de brejo, tem em sua constituição espécies como: buriti, manduvi e carandá. Nesse ecossistema também é possível observar a caracterização entremeada da vegetação de cerrado, campos e florestas.Considerado um dos mais extraordinários patrimônios naturais do Brasil, possui uma biodiversidade faunística apenas superada pela existente na Amazônia, porém apresentando maior número de indivíduos por espécies.
São mais de 650 espécies de aves (garças, tuiuiús, colhereiros, socos, saracuras), 80 de mamíferos (capivara, cervo-do-pantanal, ariranhas, onças, macacos), 260 tipos de peixes (dourado, piraputanga, piauçu, mato-grosso) e 50 de répteis (jacaré-do-pantanal, sucuri), além da grande diversidade de insetos.
Contudo, nos últimos 20 anos, essa riqueza biológica natural tem sido ameaçada pela crescente expansão agrícola e urbana.Devido aos processos erosivos provocados pela agricultura e pela ocupação