Palimpsestos e o tal “estado empreendedor”
Talvez o mais famoso dos palimpsestos seja o palimpsesto de Arquimedes (287 a.C — 212 a.C), um texto escrito sobre outro anterior em pergaminho e formando um códice e que originariamente foi uma cópia em grego de diversas obras de Arquimedes — o famoso matemático, físico e engenheiro de Siracusa — e de outros autores. Posteriormente foi apagado de forma rudimentar e usado para escrever salmos e orações em um convento.
Mas vamos escrever agora sobre outro palimpsesto, bem mais moderno, que podemos chamar de palimpsesto de Keynes. Neste café requentado, com gosto de terra, economistas, jornalistas e pretensos "intelectuais" nada mais fazem do que tentar, sem sucesso, apagar as velhas teses de que o estado deve ser o "indutor" do crescimento para em seguida reescrevê-las. Há incontáveis exemplos desse tipo de pretensão fatal para as liberdades individuais. Citarei apenas um, para não me estender muito. Quanto aos demais, pretendo apresentá-los em artigo acadêmico para a Revista MISES, mais especificamente sobre a crise econômica atual e o êxito dos economistas da Escola Austríaca em antecipá-la, explicar suas causas e propor os remédios adequados, em contraposição ao fracasso das palimpsésticas tentativas keynesianas e monetaristas no que diz respeito à antecipação, à explicação, à identificação das causas e à administração de "remédios", que só têm feito piorar o estado do doente.
O exemplo que escolhi dentre tantos outros é o da Professora Mariana Mazzucato, britânica de origem italiana, economista da