Paisagem - método e meio
Joan Iverson Nassauer!
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Introdução
Em 1984, J.B. Jackson definia paisagem como o campo onde o ser humano e a natureza competiam por um tempo. Essa análise surgiu a partir do estudo das paisagens vernaculares, que era representações dos costumes locais, adaptação às circunstâncias e mobilidade imprevisível. Assim, o autor acredita que o ser humano forma todas as paisagens e não só os locais ao qual denominamos de projetados.
O texto nos apresenta o modo como a paisagem se apresenta tanto como meio quanto como método para um novo desenho de interferência na natureza. A partir da relação entre entre os processos experimentais e analíticos da paisagem, podemos entender como ela se mostra um catalisador de síntese para a ciência e de inspiração para o projeto urbano.
O projeto urbano ecológico sintetiza as inerentes contradições e pontenciais da paisagem “feita” pelos seres humanos. "Ecológico" é o principal termo dessa expressão, significando a intervenção inteligente em determinado lugar. O termo
"desenho" é aqui usado como uma intervenção intencional na paisagem. Já
"urbanismo" não se refere somente à cidade em si, mas em suas megaregiões.
Joan acredita que a ciência, fazendo parte do desenho da cidade, é uma forma inteligente de se intervir na paisagem. Defendendo a idéia de que todas as paisagens são entidades espaciais visíveis, o autor acredita que todas elas podem juntar pessoas diferentes em uma mesma experiência da natureza e local inserido.
As paisagens vernaculares constituem a matriz global, incorporando um complexo conjunto de intenções humanas que são resistentes até mesmo onde a política e planejamento falham. Compreender a paisagem vernacular neste sentido amplo sugere como a paisagem pode ser um método e um meio para a síntese desse estudo. O desenho ecológico da paisagem vernacular exige inovação, invenção aplicada, um pré-requisito para o "novo tipo de