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Apolodoro numa roda de amigos (O Banquete).Uma das obras mais importantes da filosofia clássica grega, “O Banquete” de
Platão desempenha forte influência sobre os pensadores da atualidade. A narrativa é construída por volta de 380 a. C e traz uma abordagem de diferentes personagens sobre a significância do Amor, mais bem representado na imagem de Eros, o deus do amor na mitologia grega.
A seguir, tem-se o levantamento dos tópicos que representam a essência do discurso de cada personagem envolvido na narrativa.
O discurso de Fedro:
“[...] De sorte que se fosse possível formar, por algum modo, um Estado ou um exército exclusivamente composto de amantes e amados, assim se obteria uma constituição política insuperável, pois ninguém faria o que fosse desonesto, e todos, naturalmente, se estimulariam para a prática de belas coisas.” (p. 104).
Palavras-chaves: Estado, constituição, insuperável, amantes, desonesto.
Observa-se, na composição deste período, a proposta de Platão, na imagem de
Fedro, de que o amor é o mais importante sentimento. Fedro, apoiado nos estudos do poeta grego Hesíodo, sugere a ideia de que o amor é o mais antigo dos deuses e o mais honroso e, portanto, o agente de maiores bens feitos ao homem. Havendo amor entre as entidades existentes neste plano físico e dentre os deuses, haverá consenso e proteção, uma vez que pertence ao amante a vontade de proteger, respeitar e, se preciso for, morrer por seu amado. O consenso e a proteção funcionam como contribuintes da harmonia que pairará sobre a sociedade e da possibilidade de enfrentar adversidades com coragem, que por sua vez, é demandada pela vergonha que se tem do feio (deixar para trás o seu amado) e pela admiração ao belo (combater ao lado do amado). Para
Fedro, a diferença se encontra no que ama, pois por si só já possui a divindade e é possuído por um deus capaz dos melhores feitos (Eros).
O medo de ser constrangido por seu amado leva o homem à aversão pelo que