Os sertões (parte a luta)
“Os Sertões”, de Euclides da Cunha, consagrou o autor como um dos maiores escritores de nossa língua, pressuposto segundo qual para se entender deforma científica a totalidade dos eventos de Canudos era necessário considerar as circunstâncias históricas, culturais, políticas, sociais que ensejam os acontecimentos, no caso a Guerra de Canudos – A Luta. O esquema que conduz a obra é resultado da convivência do cientificismo do final do século XIX. Em 1893, Antônio Conselheiro (um monarquista assumido) e seus seguidores começam a tornar um simples movimento em algo grande demais para a República, que acabara de ser proclamada e decidira por enviar vários destacamentos militares para destruí-los. Os seguidores de Antônio Conselheiro apenas defendiam seus lares, mas a nova ordem não podia aceitar que humildes moradores do sertão da Bahia desafiassem a República. Assim, em 1897, esforços são reunidos para destruir os sertanejos. Estes fatos são vistos pela ótica de uma família, que tem opiniões conflitantes sobre Conselheiro.
Sinopse
A luta começa com as autoridades de Juazeiro se recusando a mandar a madeira que Antônio Conselheiro adquirira para cobrir a igreja de Canudos. Os jagunços, então, pretendiam tomar à força o que haviam comprado e pago. Avisado das intenções dos homens de Conselheiro, o governo do Estado manda que em Juazeiro se organize uma força que elimine o foco de banditismo. Acontecem quatro expedições, onde na primeira expedição eram cerca de 100 homens, comandados pelo tenente Pires Peneira, que são surpreendidos e derrotados pelos jagunços no povoado de Uauá. Já na segunda expedição, 500 homens foram comandados pelo major Febrônio de Brito e organizados em colunas maciças, mas são emboscados pelos jagunços em terrenos acidentados, no Morro do Cambaio e em Tabuleirinhos. Destacam-se os “bandidos” João Grande e Pajeú. Sendo reduzidos a 100 homens, as tropas do governo decidem voltar. Na terceira expedição, cerca de 1300