Os mecanismos de defesa do Eu
Mecanismos de Defesa
Canoas, 13 de março de 2014;
Os mecanismos de defesa do Eu:
Conceito de mecanismo: O termo “mecanismo” é utilizado desde o início por Freud para exprimir o fato de que os fenômenos psíquicos apresentam articulações suscetíveis de uma observação e de uma análise científica; como de forma compreensiva de um fenômeno. O termo “mecanismo” está presente de maneira esporádica ao longo de toda obra freudiana. (LAPLANCHE, PONTALIS)
Conceito de defesa: Numa nota de 1924 em “Inibições, sintomas e angústia”, Freud propõe, sob o título de “Recalcamento de defesa”, uma visão global sobre as vicissitudes do conceito de defesa. Ele deve designar de maneira geral, todas as técnicas de que o Eu se serve em seus conflitos, que podem eventualmente levá-lo à neurose. O termo recalcamento é mantido, contudo, ficando reservado a uma dessas defesas em particular.
Posteriormente, o estudo da neurose obsessiva revelou que, nessa afecção, os acontecimentos não são esquecidos; “eles permanecem conscientes, mas ficam 'isolados'”. Embora o resultado final nesse caso seja o mesmo que na amnésia histérica, somos levados a pensar que o processo pelo qual uma exigência pulsional é eliminada não pode ser o mesmo que ocorre na histeria. Daí o interesse de tomar o conceito de defesa num sentido amplo, para englobar, além do processo de recalcamento histérico, outros processos que manifestam a mesma tendência – proteger o eu contra exigências pulsionais. Em particular, a adoção desse ponto de vista torna possível caracterizar cada um dos diferentes tipos de afecção pela especificidade do processo de defesa que ela aciona. Torna-se, assim, possível pensar em relacioná-los respectivamente a um momento definido do desenvolvimento do Eu. (KAUFMANN, P.)
Mecanismo de defesa - conceito amplo: Do alemão, Abwehrmechanismen. A expressão “mecanismo de defesa”