Os Maias corridas no hipódramo - personagens

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Personagens
Carlos da Maia
Carlos da Maia era um homem alto, de cabelo escuro e ondulado e olhos escuros. Levava uma vida ociosa e diletante. Tinha gostos luxuosos e requintados, era um “dandy”.
Carlos adopta uma posição distanciada de toda a desordem existente no hipódromo, ele é o único que não grita, não berra, nem discute com as outras personagens. A través de Carlos da Maia, o leitor pode visualizar todo o espaço e o ambiente que se viviam nas corridas. Carlos assiste às corridas com o único objectivo de ver Maria Eduarda, ainda conhecida por Madame Gomes, no entanto, acaba por contactar com a alta sociedade lisboeta, incluindo o próprio rei.
Carlos constitui uma visão caricatural da sociedade, uma vez que a sua presença neste evento tem em vista apenas um encontro amoroso.

Alencar
Alencar é um poeta ultra-romântico, é através desta personagem que Eça cria discussões entre naturalistas e românticos, numa versão caricatural da Questão Coimbrã. No hipódromo de Belém apresenta alguma vaidade, vestindo um “fato novo de cheviote claro que o remoçava, de luvas gris-perle (…) descoberto, bem penteado nesse dia, com um lustre de óleo na grenha (…)”

Dâmaso Salcede
Dâmaso é um homem baixo e gordo, filho de um agiota, mesquinho e convencido, provinciano e tacanho e apenas perocupa-se no que é chique. Representa o novo riquismo e os vícios de Lisboa na segunda metade do séc. XIX. Neste episódio destaca-se pelo ridículo das suas roupas: uma sobrecasaca branca e véu azul no chapéu.

Craft
Craft, um inglês rico, boémio, culto e colecionador de “bric-a-brac”, acompanha Carlos na corrida de cavalos. É uma personagem pouco revelante para o desenrolar da acção, mas que representa a formação e aristocracia britânica, o protótipo do que deve ser um homem.

Condessa de Gouvarinho A condessa é uma mulher bem-feita, com cabelo ruivo e pele clara, de olhos escuros.
Apresenta-se no hipódromo (“(...) com uma toillete inglesa, justa e simples, toda de

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