Os Lusídias - Canto VII

1026 palavras 5 páginas
O canto VII começa com a chegada dos portugueses a Calecute, na Índia. Das estrofes 1 à 14, o poeta descreve a distinção entre os portugueses em relação à nação europeia, por considerar esta indiferente na luta contra os infiéis.
Segundo Camões, os reis e os nobres das outras nações europeias criam guerras sem fundamento, sem honra e injustas. Camões continua sua crítica e inclui os alemães, os franceses e os ingleses que renegam a verdadeira fé e enfraquecem o poder cristão.
Ele insulta também o povo italiano pela sua obsessão pela satisfação pessoal, recorrendo quase sempre à desvirtuação e adulteração de acontecimentos, isto é, a corrupção.
Camões exalta ainda a nação portuguesa, que com intenções nobres, luta contras os mouros e os turcos, procurando conquistar o povo imundo, expandindo assim a religião cristã.
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Na 9ª estrofe, o poeta conta que, certo dia, Cadmo tinha semeado dentes de dragão e deles nasceram soldados que se mataram uns aos outros. Cadmo mandou alguns companheiros à Fonte de Ares, onde foram devorados por um dragão que a guardava, no entanto, Cadmo acabaria por matar o dragão mais tarde. Atena aparece e aconselha-o a semear os dentes do animal, Cadmo seguiu o conselho de Atena e imediatamente a seguir, da terra surgiram homens armados, homens ameaçadores… e Cadmo imaginou-se a lançar pedras para o meio deles. Não vendo quem os feria, acusaram-se reciprocamente e massacraram-se. Ficaram cinco, que ajudaram Cadmo a fundar Tebas. Camões faz referência também à divina sepultura possuída por cães, expressão figurada dado que os dentes nasceram da terra. Jerusalém ficou possuída pelo império Otomano (de religião islâmica), em 1517, que passou também a tomar posse da divina sepultura, isto é, do Túmulo de Cristo.
Na estrofe 12, Camões faz nova crítica contra a Europa, segundo ele, a civilização era manchada pela presença dos turcos, que se difundia cada vez mais. Na estrofe 13, continua a dirigir-se aos divididos povos europeus e refere-se

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