Os indivíduos participam diferentemente de sua Cultura
Constatamos que a participação do indivíduo dentro de sua própria cultura é, e sempre será de forma limitada, devido a algumas restrições impostas entre seus próprios participantes como: sexo, status financeiro e o limite entre as classes etárias. Essa é uma situação comum tanto em sociedades de solidariedade orgânicas (complexas) quanto nas sociedades de solidariedade mecânicas (simples). Em suma, ele não é capaz de participar de todos os elementos de sua cultura. Quando atentamos para as diferenciais relacionadas às categorias etárias dentro de uma determinada cultura, vemos que a própria sociedade e seus indivíduos estabelecem divisões, levando automaticamente a exclusão dos mesmos.
Em particular, com relação à idade, devemos observar essa questão sob dois olhares: o cronológico e outro estritamente cultural. No primeiro tipo de impedimento etário, essas razões aparentam ser bem evidente, o que não acontece no segundo tipo, quando tratamos dessas questões sob o ponto de vista cultural. Por exemplo, por que um jovem aos 18 anos já pode votar, ir à guerra e ter um emprego, mas não pode administrar suas finanças antes dos 21 anos sem autorização dos pais? Qualquer brasileiro para se candidatar ao cargo de Presidente da República precisará ter pelo menos 35 anos de idade. Parece ironia, mas sabemos que é por volta dessa mesma idade que muitas das portas do mercado de trabalho começam a se fechar para o indivíduo! Isso é difícil de entender. Com 50 ou 60 anos de idade o indivíduo pode presidir o País, mas não pode ser secretária de uma agência publicitaria ou um auxiliar de escritório?
Os grupos tribais utilizam métodos mais evidentes para fazer essa distinção: uma moça é considerada adulta logo após a primeira menstruação, podendo exercer plenamente os papeis femininos. Porém, podemos afirmar que uma jovem de 12 ou 13 anos não está ainda adequadamente socializada para exercer esses papeis numa sociedade