OS HUNOS
No século IV chegam ao rio Danúbio, no limiar do Império Romano, império este que já vivia o seu ostracismo, já não era nem sombra do que já fora outrora, portanto um inimigo já não tão temido quanto antes.
Em 376 se estabelecem também nas margens do rio Reno, iniciando sua campanha de expansão pela Europa suas primeiras vítimas são os Godos, que fogem sem chance de reação e vão se refugiar sob o Império Romano.
Os hunos eram um povo talhado para a guerra, exímios cavaleiros, considerados os melhores do mundo antigo, tinham tremenda facilidade em pilhar e destruir vilas e povos que cruzavam seu caminho, com seus arcos reflexos revolucionários no período, conseguiam muito mais força e profundidade nos ataques destruindo tudo ao seu redor. A eles atribui-se também a invenção do estribo, que tornava mais fácil o equilíbrio do cavaleiro em manusear o arco montado o que lhes dava uma vantagem absurda e os tornaram praticamente invencíveis e muito temidos.
Em 406, Roma, vislumbrando que não teria como conter um ataque huno, envia um de seus filhos, Aécio, para viver entre os hunos, o que diplomaticamente na época era sinal de respeito e de boa vizinhança, portanto uma medida de cautela.
Os hunos não tinham experiência com agricultura, criação de animais ou construção de moradias, viviam em carroças, tiravam seu sustento das pilhagens feitas sobre os povos conquistados, extremamente violentos e “incivilizados”, destruíam tudo que viam pela frente.
Em 422, Teodósio, imperador romano do oriente, temendo um ataque huno então governado por Hugila, concorda em pagar um tributo anual em ouro aos hunos para que estes não o atacassem, em 425 Aécio que já era um importante general romano, recruta os hunos para lutar com os romanos do ocidente contra os seus inimigos, em agradecimento,