OS DESAFIOS DOS ALUNOS DESPRESTIGIADOS SOCIOECONOMICAMENTE NO SEU PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Nathlia Masson Bastos Faculdade de Educao - UERJ INTRODUO O artigo aborda o quanto a excluso dos alunos por conta de seu grupo socioeconmico pode interferir no processo ensino-aprendizagem em sala de aula e como a famlia, os atores da escola e o aluno podem interferir de forma positiva nesse processo. Esses alunos ao longo de sua trajetria escolar precisam demonstrar o quanto so dignos de um ensino igual aos alunos da classe dominante. Para tanto, precisam realizar um esforo em dobro para fazerem receber essa credibilidade por parte do professor, da escola e da sociedade visto que so taxados de problemticos, desleixados, os que no querem nada. Precisam ultrapassar barreiras como a estigmatizao, a excluso pela falta do sentimento de pertena ao ambiente escolar, por conta de seus valores e padres que trazem para a sala de aula que contradizem o padro desejado, o da classe dominante. METODOLOGIA Para essa demonstrao sero usadas tcnicas como a anlise de textos, mapas conceituais, estudos de casos e entrevistas de um aluno do primeiro outro do stimo perodo da faculdade de pedagogia da UERJ. EXCLUSO SOCIOECONMICA REFLETIDA NA SALA DE AULA Na viso de alunos e da sociedade h dois tipos de escolas, nas periferias desafortunadas onde os alunos desprovidos de viso cultural estudam. Por outro lado h as escolas dos alunos favorecidos, de boas famlias. Desde muito tempo as crianas de classes socioeconmicas desfavorecidas sofrem com a eliminao precoce e brutal. A seleo com base social geralmente aceita pelas prprias crianas e pela famlia por causa do conceito inculcado sobre os dons e mritos e quando rejeitados acreditam que no querem e no so dignos da escola. A escola, enquanto instituio de ensino considera que formalmente todos os alunos teriam as mesmas chances se partissem da mesma condio de partida em sala de aula, ou seja, fossem passados os mesmos exerccios ensinados da mesma forma e igualmente avaliados atravs de regras universais. Bourdieu nos mostra que na