Os Amoritas
Os amoritas eram povos semitas oriundos do deserto sírio-árabe que invadiram as cidades-Estado da Mesopotâmia por volta de 2000 a.C., após a queda da civilização suméria-arcadiana.
Eles ergueram a cidade da Babilônia, que seria o principal centro comercial mesopotâmico graças à estratégica localização – cerca de 75 quilômetros da atual capital iraquiana Bagdá. O primeiro império foi erguido por Amoreu Sumuabum, por volta de 1894 a.C., resultando em diversas disputas com remanescentes dos povos sumérios e arcadianos até a unificação realizada pelo Imperador Hamurabi, formando o Primeiro Império Babilônico.
Hamurabi foi responsável por um grande avanço no setor agricultor ao construir canais de irrigação próximos aos rios, além de expandir o reino babilônico para além do Golfo Pérsico, agregando territórios da atual Turquia, do rio Khabur, na Síria e nos montes Zagros, mais ao leste.
Tais avanços imperiais exigiam um controle efetivo do Estado, que ficava responsável por fiscalizar todas as obras empreendidas pelo imperador. Com isso, o Estado ficou centralizado na mão da monarquia, que com o passar dos tempos mostraria caráter mais interventor e autoritário em suas decisões.
Foi de autoria de Hamurabi o primeiro código penal através das Leis de Talião (“olho por olho, dente por dente”), onde as punições aos criminosos variavam de acordo com seus delitos.
Apesar de tomar a cidade dos antigos povos sumérios e arcadianos, que desenvolveram suas próprias culturas, os amoritas adotaram a mesma escrita, arte, literatura e sistema de educação, apesar de manterem seu idioma de origem semita.
Na prática comercial, os mercadores eram subordinados ao Estado na venda de produtos artesanais, auxiliando a monarquia na cobrança de impostos dos contribuintes. De fato, as atividades privadas eram subsidiadas pelo Estado, que fornecia propriedades agrícolas aos funcionários públicos e arrendatários, fazendo com que o poder público controlasse o giro da economia.
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