Ortopedia membro superior
INTRODUÇÃO
A síndrome do impacto tem se tornado um diagnóstico cada vez mais comum para pacientes com dores no ombro, porém é um diagnóstico especifico, e não é a única causa de dor na porção ântero-superior do ombro. O impacto pode ser de difícil detecção, pios a clínica apresentada pode estar confusa. È importante diferenciar a síndrome do impacto de outras condições que causam manifestações clínicas no ombro, como a radiculite cervical, a tendinite calcária, a capsulite adesiva, doenças degenerativas da articulação, a osteoartrose isolada da articulação acromioclavicular e a compressão nervosa. Muitos autores no passado relataram o contato anormal do manguito rotador e o arco coracoacromial, mas a etiologia exata não era claramente entendida. Foi só em 1972 que Charles Neer descreveu a síndrome do impactocomo uma entidade clínica distinta. A síndrome do impacto do ombro é considerada, consensualmente, a afecção mais freqüente da cintura escapular, a qual acomete principalmente mulheres entre a quarta e quinta décadas e é eventualmente bilateral. Tratando-se de uma patologia que envolve a compressão de estruturas subacromiais (manguito rotador, tendão da cabeça longa do bíceps e bursa subacromial) no espaço subacromial, a síndrome é caracterizada especialmente por dor, que ocorre em várias situações: à noite, interferindo no sono; em repouso, interferindo nas atividades cotidianas; aos esforços e contínua. Prejudicando seriamente a qualidade de vida do paciente. Portanto, o paciente estará impedido de realizar tarrefas relacionadas ao trabalho e às atividades da vida diária, incluindo lazer.
MECANISMO DE LESÃO
A síndrome do impacto caracteriza-se pela compressão exercida pelo arco coracoacromial – acrômio, ligamento coracoacromial e processo coracóide – sobre o manguito rotador, sobretudo no tendão do músculo supra-espinal (que tem precária vascularização) da cabeça longa do bíceps, na