origens

O conceito de Civilização

Segundo Gordon Childe, seriam necessárias as seguintes condições para se poder falar em civilização: - existência de cidades, de grandes dimensões, tanto no espaço que ocupam, como na densidade da população;
- especialização do trabalho a tempo inteiro (manufactura especializada), implicando sistemas de troca e distribuição; - divisão da sociedade em “classes” (sacerdotes, funcionários, mercadores, artesãos, guerreiros, etc.), tendo no topo uma elite com funções religiosas, políticas e militares; - concentração de excedentes; - organização estatal, com uma estrutura política baseada na residência e não no parentesco, como acontece nas sociedades tribais; - existência de edifícios de carácter monumental;
- o comércio de longa distância; - a produção de obras de arte de grande envergadura e obedecendo a padrões estabelecidos; - a escrita, considerada o ponto crítico;
- as primeiras formulações explícitas no campo da aritmética, geometria e astronomia. Este conjunto de características orientaram a investigação arqueológica dos anos 50 e 60 do século passado que se dedicava à identificação, a partir dos vestígios materiais, das civilizações desaparecidas. Esta investigação centrava-se, por outro lado, nas regiões da Mesopotâmia, Vale do Nilo e Vale do Indo.

Economia de espectro amplo
É a diversificação da economia (“economia de espectro amplo”, segundo K. Flannery);

Gobleki Tepe
A minha geração estudou história sob a influência do arqueólogo V. Gordon Childe, responsável pela teoria da Revolução Neolítica, que explicava que a civilização, como a conhecemos, havia sido consequência da agricultura. De bandos de nômades havíamos passado a uma vida mais sedentária, reunida à volta de vilarejos e cidades, cultivando trigo, cevada e domesticando animais. A razão para o aparecimento de aglomerados urbanos era simples: precisávamos tocar as quintas, as plantações, e garantir comida o ano inteiro. Os ajuntamentos