ORIGENS DO TOTALITARISMO
CURSO: HISTÓRIA 6NA
DISCIPLINA: História das Sociedades Contemporâneas
PROFESSOR: Ms. Cleyton Silva
ALUNO: Luiz Claudio de Albuquerque
RESUMO: Origens do Totalitarismo – Hannah Arendt
Segundo Hannah Arendt, nada caracteriza melhor os movimentos totalitários do que a facilidade com que são substituídos e essa impermanência tem certamente algo a ver com a instabilidade das massas e com a fama que tem, mas, seria talvez mais correto atribuí-la à essência dos movimentos totalitários, que só podem permanecer no poder enquanto estiverem em movimento e transmitirem movimento a tudo o que os rodeia. Seria um erro esquecer, em face dessa impermanência, que os regimes totalitários, enquanto no poder, e os líderes totalitários, enquanto vivos, sempre “comandam e baseiam-se no apoio das massas”. Não se pode atribuir essa popularidade ao sucesso de uma propaganda, pois a propaganda dos movimentos totalitários, que precede a instauração dos regimes totalitários e os acompanha, é tão fraca quanto mentirosa, e os governantes totalitários em potencial geralmente iniciam suas carreiras vangloriando-se de crimes passados e planejando crimes futuros. A experiência mostrou que o valor propagandístico do mal e o desprezo geral pelos padrões morais, supõem-se ser o fator psicológico mais poderoso na política. Para Arendt o que é desconcertante no sucesso do totalitarismo é o verdadeiro altruísmo dos seus adeptos. É compreensível que as convicções de um nazista ou bolchevista não sejam abaladas por crimes cometidos contra os inimigos do movimento; mas mesmo quando ele próprio se torna vítima da opressão, quando é incriminado e condenado, está disposto a colaborar com a própria condenação e morte para que seu status como membro do movimento permaneça intacto. A identificação com o movimento e o conformismo total parecem ter destruído a própria capacidade de sentir, mesmo que seja a tortura ou o medo da morte. Todos os grupos políticos dependem da força