Origem e evolução das células
Publicados de 1997 a 2007, os livros foram traduzidos para 69 idiomas e venderam mundialmente 400 milhões de exemplares. Formam a série infanto-juvenil de livros mais vendida da história. No cinema, o sucesso não foi menos espantoso. Harry Potter já é a franquia de maior êxito em 115 anos de existência do cinema. De 2001 a 2009, os seis filmes da saga faturaram US$ 5,4 bilhões em bilheteria. Ou US$ 1 bilhão por sequência, um recorde no gênero.
No caldeirão em que foi criado esse bruxinho superstar há um mix de lendas celtas, escandinavas, indianas, chinesas, irlandesas, gaulesas e egípcias. Mas, sem dúvida, a principal influência na obra da escritora inglesa Joanne Katherine Rowling é a mitologia greco-romana. Monstros, animais disformes e heróis presentes nessa mitologia inspiram nomes de personagens e muitas situações vividas por Harry Potter e seus amigos nos livros da série.
A série é carregada de simbolismo. E isso tem uma função pedagógica: os jovens aprendem ética por meio de noções básicas. “As imagens do bem e do mal agora são parte do vocabulário das crianças de todo o mundo”, disse Duriez (crítico inglês). “Do ponto de vista da educação, trata-se de uma façanha. Em um mundo aparentemente dominado por personagens seculares, a compreensão tradicional e antiga do mal é incorporada nessa fábula contemporânea e pós-moderna.”
A relação da série com magia e ocultismo gerou uma polarização entre os que viam nela mensagens éticas, até cristãs, e outros que enxergavam influências pagãs e agnósticas (não há Deus no mundo de Harry). Em 2003, o papa Bento XVI (então cardeal) condenou a série afirmando que sua “sedução sutil” podia “abalar a alma da cristandade antes que ela pudesse se desenvolver apropriadamente”. Seis anos depois, o jornal oficial do Vaticano, L’Osservatore Romano, elogiou a obra por “pregar valores como amizade, altruísmo, lealdade e autossacrifício”.
Mito Do Herói Grupo 2
A Partida e as relações com a mitologia
O herói