Origem e desenvolvimento da Língua Portuguesa

Origem e desenvolvimento da Língua Portuguesa

A língua portuguesa originou-se da língua latina, que era falada pelos romanos na Península Ibérica, que compreende atualmente Portugal e Espanha.
Os romanos chegaram a Península Ibérica por volta de 218 a.C, durante a segunda guerra Púnica, contra os cartagineses. Os romanos derrotaram a Espanha e anexaram ao império Romano a região dominada. E os diversos povos da Península Ibérica, numa convivência constante com os dominadores no tribunais, nos templos, na vida diária viram-se obrigados a aprender o latim falado pelos invasores.
Convém salientar que o latim era uma língua falada e utilizada somente pelo povo (comerciantes, viajantes, funcionários administrativos, lavradores e soldados), sem instrução formal, sem elegância ou cuidado vocabular, chamado de latin vulgar, que daria origem a outras novas línguas e bem diferente do latim clássico, não apenas falado mas também escrito, utilizado pelos grandes escritores de Roma, como Horácio e Virgílio.
Do século III a. C até o século V, o latim vulgar era a língua predominante na Península Ibérica, mesmo tendo sofrido muitas mudanças e influência dos mais diversos dialetos e de outras línguas.
Povos bárbaros, de origem germânica, invadiram a Península, conquistando-a. Porém a sua influência não foi tão profunda a base de atingir a língua românica já instituída.
No século VIII houve uma invasão dos Arábes, que, vindos do norte da África, conquistaram a região nesta época o latim não era mais ensinado nas escolas, o que contribuiu para aumentar as diferenças entre os vários romanços, falados nas regiões dominadas.
Algumas das características básicas entre os ramanços, propiciaram o surgimento das línguas românicas, ou neo-latinas: galego-português, castelhano (espanhol), catalão, francês, provençal, italino, sardo e romeno. O galego-português, ainda não propriamente uma língua, estava limitando a faixa ocidental da península ibérica, e com o tempo as diferenças