Orientação Psicológica da Gravidez
É com enorme prazer que inicio esta coluna voltada para a preparação psicológica da gestante, com o intuito de possibilitar uma vivencia mais equilibrada de todas as emoções e manifestações que ocorrem neste período.
Tão importante quanto o acompanhamento médico pré-natal é a assistência e orientação psicológica à gestante. Cada um contribuindo para a saúde física e mental da mulher quanto ao futuro do bebê.
Por ser esse período mais rico e mais intenso de vivências emocionais e que por si só traz, para o relacionamento familiar, novas atitudes e responsabilidades, percebemos como é fundamental o compartilhar e o esclarecimento de ansiedades e preocupações que envolvem a decisão de se ter um filho.
A partir do momento que a mulher certifica-se da gravidez, tudo mais em sua vida será diferente. Seja qual for a decisão de tê-lo ou não, esta decisão repercutirá de modo marcante e profundo nas pessoas envolvidas. Quanto às circunstâncias, a gravidez pode acontecer num momento em que menos se espera e planeja, como é o caso de adolescentes que, ao iniciarem a vida sexual ativa, sem os cuidados preventivos necessários, acreditam que “isso” nunca vai lhes acontecer, ou mesmo de adultos que não se encontram numa relação estável, com intenção de compromisso. Além disso, existem aqueles que priorizam a carreira profissional antes mesmo de concretizar o desejo de constituir família. Em qualquer desses casos, a gravidez nesse momento pode ser inoportuna.
Ter um filho não envolve apenas uma decisão de momento, porém um compromisso para o resto da vida, e é por este e outros motivos, que a balança do querer e do não querer estará sempre oscilando de um lado para outro.
Os pais se percebem mais vulneráveis emocionalmente e não encontram significado para suas questões mais profundas e remotas. Ocorre, então, um retrospecto à infância, como se regredissem até ela em busca de respostas. Neste momento, o modo como cada um percebeu e