Orgonofosforados e carbamatos

3904 palavras 16 páginas
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Departamento de Zootecnia e Desenvolvimento Agrossocioambiental Sustentável (MZO)
Toxicologia Aplicada à Medicina Veterinária

Toxicologia dos praguicidas anticolinesterásicos: organofosforados e carbamatos

Janeiro, 2013
Niterói

Introdução

Conforme a agricultura e a pecuária intensiva foram se desenvolvendo, tornou-se necessário haver um eficiente controle de pragas. Assim, ao longo do tempo, diversos princípios ativos foram descobertos e sintetizados e vários praguicidas tornaram-se disponíveis para os produtores e para a população em geral.
Os organofosforados e carbamatos são agentes anticolinesterásicos, mundialmente utilizados desde o século XX, principalmente a partir de 1970, quando se iniciou o declínio dos organoclorados. O uso desses agentes envolve o controle e combate de diversas pragas, além disso, na Segunda Guerra Mundial, há indícios de que alguns organofosforados tenham sido usados como armas químicas.
Esses praguicidas atuam principalmente como inseticidas, e também tem ação acaricida, nematicida, fungicida e herbicida. São classificados como anticolinesterásicos, devido ao seu mecanismo de ação, que inibe a enzima acetilcolinesterase, responsável pela degradação da acetilcolina,um neurotransmissor do sistema nervoso central e periférico.
Os organofosforados são derivados do ácido fosfórico, ditiofosfórico e tiofosfórico. Entre as suas propriedades químicas, podemos citar sua lipossolubilidade e sua rápida hidrólise no meio ambiente e em meios biológicos.
Os carbamatos, primeiramente, foram obtidos a partir do alcalóide extraído da semente da planta Physostigma venenosum, conhecida como Fava de Calabar ou feijão-de-prova, que era usada em rituais de feitiçaria por tribos africanas do leste da África. Em 1840, a semente foi levada à Inglaterra, e em 1864, foi isolado um alcalóide puro, denominado fisostigmina. Em 1877, a fisostigmina foi usada pela primeira vez, no tratamento do glaucoma.
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