Organização social e indicadores socioeconômicos no brasil: um estudo exploratório
Na análise da dinâmica da organização social, destaca-se um conjunto de ideais em torno do que se convencionou chamar de capital social, a partir das contribuições de Bourdieu, Coleman e Putnam. Bourdieu segue mais uma abordagem estruturalista na relação entre os agentes, Coleman, a do institucionalismo e Putnam, a do institucionalismo. Apesar dessas diferenças os autores ressaltam a importância das organizações sócias e direcionamento de atividades inovadoras no sistema econômico-social.
Putnam, define capital social como o conjunto de características da organização social, como confiança, normas e sistemas que contribuem para aumentar a eficiência da sociedade.
Pensadores marxistas ou de outras correntes críticas, não discutem a perspectiva do capital social, preferindo contribuir com análises de questões estruturais expressas , pelos movimentos sociais relacionados com a luta de classes e com o papel de um Estado em uma sociedade capitalista. Há importantes aproximações entre diferentes correntes do pensamento que destacam a perspectiva da dinâmica da organização social em sua relação com o desenvolvimento econômico e social.
Em estudo sobre o Brasil, toma-se como indicador da capacidade organizacional as sociedade brasileira, do seu capital inicial, a distribuição das Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos (FASFIL),tal como fornecida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE),em parceria com a Associação Brasileira de Organização não Governamentais (ABONG), o grupo de Institutos Fundações e Empresas (GIFE) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
A metodologia para a definição das FASFIL foi a de selecionar, no Cadastro Central de Empresas (CEMPRE/IBGE) as entidades com base na composição de sua natureza jurídica que se enquadrassem nos cinco critérios a seguir: * Privadas, não integrantes, do aparelho estatal; * Sem fins