olhar digital
Em 2008, bem antes de Eich ser escolhido para assumir o cargo na Mozilla, o casamento entre pessoas de mesmo sexo foi proibido na Califórnia graças à aprovação da Proposição 8. Na época, Eich patrocinou políticos a favor da medida e ainda doou dinheiro para a campanha de aprovação.
Seis anos depois, no momento em que chegou à Mozilla, os funcionários da organização se lembraram disso e começaram a fazer pressão pela saída do CEO, num movimento que explodiu nesta semana com o envolvimento do site de relacionamentos OkCupid.
Quem tentava acessar o site com o Firefox era surpreendido por uma mensagem anti-Brendan Eich que incentivava os usuários do site a procurar outros navegadores para voltar à página – inclusive indicando os links dos concorrentes. Segundo a empresa, 8% dos relacionamentos que começaram pelo OKCupid são entre pessoas de mesmo sexo.
A pressão deu resultado, porque hoje a Mozilla informou que Eich não é mais seu principal executivo. Em comunicado, Mitchell Baker, chairwoman da organização, pediu desculpas pelo fato de a Mozilla não ter se posicionado, mas deixou claro que a decisão de sair partiu do próprio Eich.
A Mozilla ainda lembrou ser um espaço para diversidade, com apoio a diversas idades, culturas, etnias, gêneros, identidades de gênero, idioma, orientação sexual, localização geográfica e visões religiosas. Vale lembrar que a indústria de tecnologia pessoal costuma se engajar pela causa LGBT - Facebook, Tumblr, Google, Twitter estão entre alguns que demonstram apoio.
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