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O texto que segue tem como objetivo abordar as diferentes formas de produção de conhecimento na ITCP/UNICAMP. Entendemos que essa produção se dá em diversos âmbitos e durante a ação, reflexão, registro, sistematização e socialização das nossas práticas.
Por isso, podemos dizer que a construção do conhecimento é um processo constante na incubadora e acontece nas mais diversas instâncias: nos grupos de estudo, nas reuniões de equipe de incubação, durante as incubações, durante a reunião de todos os formadores. Optamos por não separar os momentos de ação, reflexão, sistematização, registro e socialização do conhecimento para nos contrapormos à idéia de que existe somente um lugar ou um método para construir conhecimento. A universidade é, na visão dominante, por excelência esse lugar de produção do conhecimento e os métodos mais privilegiados são o ensino pautado pela transmissão de conteúdo e a pesquisa (positivista). No entanto, existe uma série de correntes teóricas que reconhecem que existem diferentes métodos para a construção do conhecimento. Essas correntes entendem o conhecimento como um resultado da ação humana, construída pelos diversos grupos sociais e, por isso, permeada pelos valores e interesses desses grupos sociais.
Compartilhamos com esse campo minoritário o entendimento da construção social do conhecimento e, conseqüentemente, de sua não neutralidade, bem como as metodologias da Educação Popular e da Pesquisa-Ação. O diálogo entre o conhecimento acadêmico e o conhecimento popular é um dos elementos fundamentais para a transformação radical da sociedade.
O conhecimento, quando entendido como neutro, acarreta a percepção da ciência como uma verdade que não é passível de questionamento, uma verdade única e intrinsecamente positiva para a humanidade. Essa idéia justifica a construção do conhecimento como atividade a ser realizada por poucos (e geniais) cientistas e, por isso, privilégio da academia.
Acreditamos,