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De forma didática o documentário mostra como a ganância de poucos levou a uma "bolha" no mercado imobiliário americano. E, a partir daí, o jogo de lobby e de pressão exercidos pelos representantes do setor financeiro de forma a evitar punições, processos judiciários e a regulamentação da atividade financeira americana.
A base da crise teve origem em empréstimos de risco altíssimo concedidos por empresas americanas para a compra de casas, com juros absolutamente extorsivos e hipotecas impagáveis. Estes eram "reembalados" em produtos financeiros (derivativos) sofisticados, revendidos a instituições financeiras de outros países como se fossem empréstimos "triple AAA" - ou seja, investimentos tão seguros quanto os títulos do Tesouro Norte Americano, considerados os de menor risco do mundo.
Por outro lado, a seguradora AIG desenvolveu um "produto" atuário que era uma espécie de "seguro" contra o risco de calote destes empréstimos. Se os clientes não pagassem a seguradora honraria o valor segurado nos prêmios.
Complementando a verdadeira "bomba relógio", os próprios bancos de investimento que "reembalavam" estes empréstimos de altíssimo risco passaram a comprar este produto da seguradora americana. Ou seja, estavam apostando contra o próprio produto que vendiam, ou sendo mais claro: os empréstimos vendidos como "seguríssimos" eram considerados não somente passíveis de apostas contra seu pagamento como, em memorandos internos, classificados como o que realmente eram: um produto fadado ao calote.
Complicado, leitor?