oh meu deus
Porém, devemos ressaltar duas coisas: primeiro, com esse processo de produção inaugurado com a Revolução Industrial, a produção de mercadorias não se restringiria mais a suprir as necessidades humanas, mas foram criadas necessidades com o objetivo de produzir apenas mais mercadorias e mais lucro. Segundo, o próprio trabalho realizado pelo homem se tornaria uma mercadoria.
A importância da leitura desse poema é que ele introduz conceitos como (mercadoria, força de trabalho, alienação entre outros) que estão presentes na obra de Karl Marx (1818-1883) e por isso servem de introdução para aqueles que ainda não tiveram nenhum contato com as obras do autor.
A última dica é que quando ler a obra de Marx, procure uma boa tradução. O supermercado foi feito para comprar mantimentos, não livros!
I
Essa é a trama da rede: o tecido das trocas que fabricam o pano de uma rede de dormir enreda o corpo do homem na tarefa de criar na máquina a rede com a mão.
A armadilha do trabalho em casa alheia engole o homem e enovela todo o corpo no fio no fuso na roda na teia do maquinário da manufatura que produz o seu produto: a rede e reduz o corpo-operário à produção.
[...]
III
O corpo-bailarino que transforma a coisa bruta em objeto
(a fibra em fio e o fio em pano) e o objeto na mercadoria
(o pano pronto na rede e sua valia) transforma o corpo do homem operário em outro puro objeto de trabalho pronta a fazer e refazer no fuso aquilo de que a fábrica faz sua riqueza de que, quem faz não se apropria.
[...]
VII
Sob a trama do trabalho em tear alheio o corpo não possui seu próprio tempo e é inútil que lhe bata um coração.
O relógio interior do operário é o que existe na oficina, fora dele, de onde controla o