Ofício de Cartógrafo: travessas latino-americanas da comunicação da cultura
FICHA BIBLIOGRÁFICA
MARTIN-BARBERO, Jesus. Ofício de Cartógrafo: travessas latino-americanas da comunicação na cultura. SP: Ed. Loyola, 2004.
Objeto de Estudo:
Parte 2
Anos 1990: pensar a sociedade desde a comunicação
Capítulo 1
Itinerários da investigação
2. A nova trama comunicativa da cultura
3. Perplexidades de fim de século e desinserção da pesquisa
Resumo (Análise):
2. A nova trama comunicativa da cultura
A reinserção (grifo meu) do estudo da comunicação no campo da cultura – de suas matrizes históricas, suas temporalidades sociais e suas especificidades políticas – implicou uma primeira desterritorialização conceitual que abriu esse estudo à pluralidade dos atores e à complexidade de suas dinâmicas. O lugar da cultura na sociedade muda quando a mediação tecnológica da comunicação deixa de ser meramente instrumental para se converter em estrutural: a tecnologia remete hoje não à novidade de alguns aparelhos mas a novos modos de percepção e de linguagem, a novas sensisbilidades e escritas, à mutação cultural que implica a associação do novo modo de produzir com um novo modo de comunicar que converte o conhecimento em uma força produtiva direta. (p.228/229)
A tecnologia não é o grande mediador entre os povos e o mundo. É preciso desenhar um novo mapa que seja capaz de analisar as relações constitutivas da comunicação na cultura. As mídias são o espaço onde produção e consumo se encontram, ao mesmo tempo em que se estabelecem como grandes redes de poder. Este mapa possui dois eixos:
1. um diacrônico, histórico, de longa duração, estabelecido entre as Matrizes Culturais e os Formatos Industriais.
2. o outro eixo é sincrônico, entre as Lógicas de Produção em sua relação com as Competências de Recepção ou Consumo.
Anotações: diacrônico = desenvolvimento de uma lingua ao longo do tempo,