offi boy
A Metalúrgica Paulista, porém, não comportou a disparada no volume de vendas e teve de se desfazer da filial de São Paulo. Diante da dificuldade, Braga decidiu ficar com as instalações, nas quais só era possível reformar baús - e não fabricar novos. Como não dominava a parte técnica, chamou Flávio Santilli, antigo colega na Randon, para tornar-se sócio da Truckvan, nascida no começo de 1992.
O capital inicial veio de fontes diversas: de Braga, uma lata com economias em dólar e a reserva do salário na metalúrgica.
"O Flávio vendeu um telefone - que era um bem precioso na época - e ainda pegou US$ 1 mil emprestado com o sogro. Financiamos o resto em 15 anos", ele se recorda. Santilli afirma que, no total, cada sócio investiu o equivalente a R$ 3 mil para iniciar as operações.
Braga e Santilli enfrentaram dificuldades no início. "Lembrei-me do trauma da confecção, mas não desisti", diz. Com poucos recursos para remunerar funcionários e fornecedores, a dupla chegou a vender uma filmadora para manter os compromissos em dia. "Jamais atrasamos um pagamento", afirma Santilli - que também é padrinho de casamento e vizinho de parede de Braga.
De pasta na mão, o ex-office- boy continuou a fazer amigos e clientes. As vendas, em consequência, subiram até que, em 1997, com o início da estabilização derivada do Plano Real, os traços amadores e paternalistas do setor vieram à