Odontologia e sindrome down (fisiologia)
Todos os bebês necessitam de acompanhamento precoce do dentista para avaliação da cavidade bucal e orientação aos pais sobre como prevenir as principais doenças bucais, orientação de dieta, limpeza da boca, hábitos (chupeta, dedo..), uso de flúor, etc. Faz-se também o acompanhamento da erupção dentária, pois na criança com SD ela pode ser tardia e em seqüência alterada, podendo ocorrer falta de alguns dentes. A equipe multidisciplinar (dentista/fono/fisio/otorrino) deve atuar em conjunto para evitar o aparecimento de maloclusões. Deve fazer orientação sobre: alimentação (amamentação, uso de mamadeira, tipos de alimentos), higiene bucal (para manter os dentes e gengiva saudáveis), respiração nasal (a criança com SD geralmente respira pela boca); estimulando para um vedamento labial adequado (sem interposição de língua).
Em alguns casos é indicado junto ao tratamento fonoaudiológico a utilização da Placa Palatina de Memória (aparelho que estimula diretamente a língua e lábio superior a posicionar-se adequadamente). Devido ao fato de que o desenvolvimento bucal e do sistema nervoso central ocorrerem em grande parte até o primeiro ano de vida é este o momento indicado para iniciar o tratamento com a Placa, sempre com acompanhamento de equipe multidisciplinar e principalmente com a colaboração dos pais. O tratamento odontológico de uma criança com SD é praticamente realizado da mesma forma que nos demais pacientes pediátricos.
Mesmo apresentando mineralização completa, os dentes dos portadores de Síndrome de Down podem sofrer atraso na erupção. A dentição decídua também pode apresentar alteração na seqüência e os casos de anomalias dentárias são freqüentes. Estima-se que mais de 80% dos pacientes com Síndrome de Down apresentem alterações na estrutura dentária e desarmo-nias oclusais.
Em eles se encontra um baixo índice de cárie, uma das possíveis causas para isso seria a erupção retardada dos dentes, além de uma composição salivar diferenciada.