odonto
ISSN 1981-3708
Avaliação do Nível de Conhecimento dos Cirurgiões-Dentistas sobre
Maus Tratos Infantis
Evaluation of the level of knowledge of the cirurgiões-dentistas on infantile maltreatment
Keny C. SOUZA1, Rafael A. DECURCIO2, Heloísa H. P. VELOSO3
1 – Aluna de graduação do curso de Odontologia da Universidade Federal da Paraíba;
2 - Mestre em Reabilitação Oral pela Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Goiás;
3 - Profa. Dra. Adjunta, do Departamento de Odontologia Restauradora, do Centro de Ciências da Saúde, UFPB.
Resumo
Crianças e adolescentes têm sido maltratados e sofrido inúmeras formas de violência, através de maus tratos físicos, psíquicos, abuso sexual e negligência. Diante da dimensão do problema para a saúde coletiva, este estudo objetiva avaliar a importância e o nível de conhecimento de cirurgiões-dentistas, das Unidades Básicas de Saúde, de João PessoaPB, sobre esse tipo de violência. Trata-se de um estudo indutivo, com um questionário contendo questões abertas e fechadas. Os dados foram submetidos à análise estatística-descritiva. Os dados foram quantificados pelo programa EPI-INFO 7.01. Dentre os resultados, 94,7% dos profissionais tinham conhecimentos básicos sobre os maus tratos infantis, sendo a violência física a mais citada. Das denuncias feitas aos dentistas, a maior ocorrência foi de abuso sexual. Os locais do corpo da vítima mais acometidos foram cabeça e pescoço. A notificação só deveria ser realizada após o diagnóstico clínico, a partir da resposta de 52,6% dos
profissionais. O órgão de maior importância para a notificação foi a Unidade Básica de Saúde (63,1%). O que mais interferiu na não notificação foi o nível insuficiente de conhecimentos para o diagnóstico exato. Os dentistas analisados apresentaram boa percepção sobre o assunto, embora não saibam como pôr em prática suas informações. Conclui-se que o conhecimento dos dentistas sobre os maus tratos infantis é básico e
restrito