oculos
A palavra óculos surgiu do termo ocularium, da Antiguidade Clássica. Esse termo era utilizado para designar os orifícios feitos nas armaduras das cabeças dos soldados e que os permitia enxergar. Liderados por Aristóteles, filósofos gregos, defendiam a ideia de que a percepção da imagem não tinha relação entre olho e cérebro. Acreditavam que a emoção residia no coração e, portanto, a visão tinha importância menor no aperfeiçoamento do ser humano.
Somente no século I d.C surgiram as primeiras lentes corretivas, que eram feitas com pedras semipreciosas cortadas em tiras finas e davam origem aos óculos de grau para perto. Tudo isso se deve ao matemático árabe Alhazen, que, perto do ano 1000 d.C., formulou uma teoria sobre a incidência de luz em espelhos esféricos e como isso reagia no olho humano. Os monges eram, sobretudo, os mais beneficiados com o objeto, por passarem horas trabalhando nas grandes bibliotecas da Europa. Em 1270, na Alemanha, foram criados os primeiros óculos com aros de ferro e unidos por rebites. Eram semelhantes a um compasso, porém não possuíam hastes.
Este é o primeiro modelo de óculos.
No Brasil, os óculos surgiram na primeira metade do século XVI, com o processo de colonização portuguesa. “Os religiosos, principalmente jesuítas, funcionários da Coroa portuguesa, colonos abastados e homens de letras”, conta Neto. Podemos dizer que os óculos são artefatos com grande valor para a qualidade de vida dos seres humanos. Possibilita o alcance da visão, o enxergar a vida. Imaginar a vida das pessoas sem a existência dos óculos é um exercício que pode nós mostrar o impacto que isto causaria na vida de tantos ao nosso redor.
Assim, os óculos já fazem parte da vida de milhões de pessoas em todo mundo já há muito tempo e provavelmente continuarão presentes, sendo os companheiros dos olhos, para que eles possam exercer com maior precisão a sua função de trazer formas, movimentos e cores à vida das pessoas.